segunda-feira, 5 de novembro de 2012

0 comentários
falsa

Não vou dizer sobre o tempo que eu fiquei sem postar nada, não há, sinceramente, uma justificativa. Mas o fato é que agora, em algum lampejo de criatividade e necessidade, eu decidi trabalhar. Faz um tempo que venho brincando com as possibilidades e ao mesmo tempo me assombrando com a memória desesperançosa da folha em branco. Não é a primeira página que faço desde que parei de postar aqui, tiveram outras (poucas), mas andava desconectado do meu traço. Embora as figuram estivessem ficando cada vez mais reconheciveis, sentia a necessidade de uma maior potência, sentia a necessidade de me espantar, como me espanto com desenhos de tantos que admiro. Sem nada a perder, eu troquei a segurança insegura do lápis com o qual eu traçava um mapa para a tinta saber onde ir, pela criação imediata onde só há eu, uma ideia na minha cabeça e o pincel. Decidi perder (e muito, eu sei) em qualidade técnica, em planejamento, em identificação clara da imagem pra poder apostar nessa espontaneidade, que pode ser tosca, suja, mas que no momento me satisfaz muito mais e tem tudo a ver com o que eu tenho pra dizer. E ainda tenho muito pra dizer, embora não garanta quando vai ser a próxima vez que de verdade direi alguma coisa. Só sei que existe, muito forte, a vontade de concretizar minha vontade.